quarta-feira, 27 de junho de 2012

Matriz Perdida Invertida - escolha sua estampa


Matriz Perdida Invertida, série de 8 xilogravuras, 52 x 60 cm, 2010

Matriz Perdida Invertida (2010) é um desdobramento da Matriz Perdida (2008). Carregada dos movimentos da cidade e dos padrões arquitetônicos das novas metrópoles, ela faz o movimento inverso do primeiro trabalho. Enquanto em Matriz Perdida a imagem vai se configurando a partir de uma paisagem «virgem», em Matriz Perdida Invertida, é como se a natureza tomasse de volta o seu espaço. O ambiente urbano vai dando lugar ao «céu de antes».
 


Matriz Perdida Invertida I


Matriz Perdida Invertida II



Matriz Perdida Invertida IV


Matriz Perdida Invertida V


Matriz Perdida Invertida VI


Matriz Perdida Invertida VIII


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Matriz Perdida, 2008, xilogravura a fio - detalhes
série de 11 estampas

Matriz perdida é uma técnica da gravura em que cada nova etapa corresponde à perda da possibilidade de fazer uma nova impressão da etapa anterior. Matriz Perdida é uma narrativa formada pela paisagem de uma serra, céu e vento. Em suas etapas, ela vai sendo sobreposta por edifícios. Cada novo prédio implantado frente à serra corresponde a uma intervenção resultada da subtração da chapa de madeira. As alterações na paisagem ficcional são permanentes e irreversíveis. Assim como na paisagem natural.





quinta-feira, 25 de março de 2010

Onde começa o céu
As gravuras de Tales surpreendem a gente. Como traduzir em linhas o contorno das nuvens? Como colocar em um texto meu espanto diante destas imagens?

Em uma primeira série de xilogravuras, feitas com a técnica de matriz perdida, vemos a paisagem sendo invadida pelos prédios. Quem olha pela janela, vê cada vez menos a natureza, e se contenta com um pedaço de céu que se vislumbra entre dois prédios. A sensação de ocupação do espaço é transmitida por linhas brancas que se sobrepõem.

A outra série de imagens poderia ser mostrada como se fosse idêntica à primeira, com os prédios ocupando o espaço e escondendo o céu. Aqui, é como se a natureza, representada pelo céu com nuvens, reivindicasse de volta o seu espaço. As linhas que formam figura e fundo coincidem para fazer os prédios desaparecerem sem deixar vestígios. E é aqui que vem o meu espanto diante deste jovem artista que levou a sério a definição de gravura como imagem calculada, com seus estudos preparatórios, a sua coleção de linhas e de hachuras para os diversos tons de cinza.

Não se trata apenas de habilidade, mas de uma sensibilidade que não quer deixar de registrar o incômodo causado pelo crescimento desordenado das cidades, e num gesto utópico, digno de Cervantes, retomasse o céu. A beleza destas imagens também está no que desperta em cada um, a vontade de seguir vivendo e a esperança de ver, a cada manhã, o mesmo céu de antes.

Amir Brito Cadôr é professor da Escola de Belas Artes da UFMG.




terça-feira, 23 de março de 2010




Matriz Perdida Invertida, série de 8 xilogravuras, 52 x 60 cm, 2010

Matriz Perdida Invertida (2010) é um desdobramento da Matriz Perdida (2008). Carregada dos movimentos da cidade e dos padrões arquitetônicos das novas metrópoles, ela faz o movimento inverso do primeiro trabalho. Enquanto em Matriz Perdida a imagem vai se configurando a partir de uma paisagem «virgem», em Matriz Perdida Invertida, é como se a natureza tomasse de volta o seu espaço. O ambiente urbano vai dando lugar ao «céu de antes».



segunda-feira, 22 de março de 2010